No primeiro mês da volta de Lula da Silva à Presidência da República, o número de inadimplentes cresceu 7,7% em relação a janeiro de 2022. Em relação a dezembro do ano passado, o número de janeiro de 2023 teve aumento de 0,56%.
Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (16), com base em levantamento feito pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) junto da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
A pesquisa foi realizada com informações de capitais e interior dos 26 estados e do Distrito Federal.
No momento, são pouco mais de 65 milhões de brasileiros com contas atrasadas. Com isso, um em cada quatro adultos do país estão inadimplentes, o que representa aproximadamente 40% dessa população no Brasil.
O presidente da CNDL, José César da Costa explica que “o início do ano é sempre um período de gastos extras e o consumidor ainda acumula as dívidas feitas no período do Natal e férias”.
“Por isso, o momento deve ser de cautela na hora de consumir, a prioridade deve ser o pagamento das contas e a negociação das dívidas em atraso”, completa ele.
Na média, o inadimplente deve a duas empresas. No entanto, a maioria delas são bancos. O setor financeiro representa 63% dos credores com quem os brasileiros tem contas atrasadas.
Em média, cada negativado tem dívida de R$ 3.883. Isso equivale a quase quatro vezes do salário mínimo, que é de R$ 1302.
Em janeiro deste ano, o número de dívidas atrasadas cresceu 17,9% em comparação ao mesmo mês de 2022. Da passagem entre dezembro e janeiro, o índice expandiu em 1,4%.
O grupo que mais influenciou na alta do indicador foi o de dívidas existentes há um período entre 91 dias e um ano. Nesta faixa, o aumento foi de 16,3%.
Por sua vez, a faixa etária que mais deve está entre 30 e 39 anos, com 23,8% do total. Ou seja, das pessoas com essa idade, 47,3% estão inadimplentes.
Na questão do sexo, a divisão é semelhante. As inadimplentes são 50,8%, enquanto homens são 49,25.