Relatório da ONU destaca violência policial e falta de representação negra na política brasileira.
A impunidade prevalece, segundo a ONU, que divulgou um relatório internacional nesta terça-feira, mapeando a situação da violência policial contra negros.
Em 2021, a ONU lançou uma investigação global sobre ações racistas por parte das forças de ordem após a morte de George Floyd nos EUA. O governo Bolsonaro, na época, tentou minar a resolução ao se aliar a Donald Trump.
O relatório atual destaca que o Brasil permanece entre os países onde a situação dos negros é crítica. O resultado da investigação será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em 5 de outubro, e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, poderá viajar a Genebra para uma reunião.
Globalmente, o documento aponta que os negros ainda enfrentam obstáculos na participação pública devido ao racismo sistêmico e aos legados de escravidão e colonialismo.
O relatório conclui que o racismo sistêmico continua afetando as qualidades dos afrodescendentes em todas as esferas da vida, especialmente nas interações com a polícia. Pouco progresso na responsabilização e acessórios efetivos foram entregues.
Para superar o racismo sistêmico, os estados devem acelerar a participação dos afrodescendentes em todas as políticas públicas, afirma o Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, destacando a importância da inclusão e segurança em todas as etapas do processo político.
Fonte: Jamil Chad